“É dever de quem está se comunicando assegurar que sua mensagem seja compreendida de forma clara e objetiva” (IBC, 2018).
A Comunicação Institucional é um pilar estratégico na gestão dos serviços de saúde. Identificar o que comunicar, de que forma, para que público, é fundamental , para que alcancemos alinhamento, coesão e uniformidade nas ações. Quando pensamos na prática assistencial, a comunicação efetiva é ferramenta que apoia a continuidade do cuidado, alinha a equipe assistencial, reduz o risco de incidentes e propicia o uso racional de recursos.
Estamos disponibilizando um material de apoio, com modelo de aplicação prática de ferramenta de transferência de informação, direcionadora da equipe interdisciplinar, fortalecendo a segurança na transição do cuidado.
Uma das práticas mais importantes e buscadas dentro das instituições de saúde é uma comunicação eficaz. Diferente do que muitos acreditam, a comunicação não está ligada apenas ao fato de saber dizer algo a outras pessoas. Ela consiste em fazer com que o outro lado – no caso, o receptor – entenda aquilo que é dito, sem que haja qualquer tipo de má interpretação. É dever de quem está se comunicando assegurar que sua mensagem será compreendida de forma clara e objetiva. (IBC, 2018).
Um dos desafios para garantir a segurança do paciente no ambiente hospitalar é enfatizar a comunicação efetiva como meta a ser atingida pela equipe interdisciplinar, como também, proporcionar um ambiente de trabalho harmonioso com assistência livre de danos (BRASIL, 2018). Nesse sentido, a comunicação é fundamental para um bom desenvolvimento do trabalho, pois é o elo de interação que fortalece o vínculo entre a equipe interdisciplinar e o cliente (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2015).
Vários fatores podem influenciar na comunicação em instituições de saúde: complexidade do cuidado, diversidade na formação profissional, efeito da hierarquia, número inadequado de profissionais, limitações inerentes ao desempenho humano como fadiga, estresse, distrações e capacidade limitada de realizar tarefas múltiplas. Vale ressaltar que erros não devem ser associados à falta de treinamento técnico e falhas pessoais discutidos pontualmente. Mesmo profissionais mais experientes cometem erros (FERREIRA, 2010).
Alguns serviços de alta confiabilidade, como a aviação, mostraram que a adoção de ferramentas e comportamentos padronizados na busca da comunicação efetiva são estratégias muito eficazes para melhorar o trabalho em equipe e reduzir o risco. Diante disso, percebe-se que é possível adotar comportamentos e habilidades necessárias para implementar a comunicação e a mudança na cultura organizacional em segurança do paciente nas Unidades de Saúde. (BRASIL, 2018).
Diante da crise em que estamos vivendo atualmente com a pandemia de COVID-19, associada a dengue e demais doenças respiratórias, muitas instituições estão com as unidades de pronto atendimento lotadas, com alta taxa de ocupação de pacientes clínicos, e com uma grande procura por leitos de unidades críticas. Além disso tudo temos o stress dos colaboradores, estão sobrecarregados, cansados, preocupados, etc.
Pensando nisto, é de extrema importância saber quais informações chave devem ser transmitidas para os demais profissionais/ setores durante a transição do cuidado do paciente. Quando fazemos uma comunicação efetiva podemos garantir a continuidade do cuidado adequadamente, diminuir desperdícios de recursos e evitar ruídos de comunicação.
Muitas instituições de saúde adotam algumas ferramentas para facilitar o registro dos colaboradores durante a transição do cuidado. Essas ferramentas ajudam muito. Mas devemos ter cuidado para não ser apenas um check list. É importante avaliar a praticidade e efetividade da ferramenta.
Segue abaixo um exemplo de caso clinico de transferência de informação entre unidades assistenciais:
Paciente, sexo masculino, 58 anos, casado, 03 filhos, caminhoneiro. Antecedentes pessoais: HAS, DM. 95kg. Deu entrada no Pronto Socorro durante a madrugada relatando falta de ar e apresentando pico hipertensivo. Relata que teve febre há 02 dias e tosse seca. Após avaliação médica o paciente realizou exames laboratoriais e de imagem. Com base nos sintomas clínicos e resultados dos exames de imagem, médico solicita a internação uma unidade clínica não critica.
As ferramentas de transferência de informação também são de grande importância quando consideramos a comunicação entre os processos assistenciais e processos de apoio, assim como na transferência de pacientes entre instituições.
Por exemplo, ao receber um paciente encaminhado ao setor de Imagem, é necessário verificar tempo de jejum, informações referentes ao tipo de isolamento, medicamentos em uso, condições que inviabilizem ou sinalizem maior cuidado com o uso de contraste, preparo do exame, alergias, além de informações que permitirão a continuidade da assistência quando o paciente retornar para a Unidade.
Pacientes encaminhados de outra instituição: importante que sejam disponibilizadas informações como plano de cuidados, protocolos aplicados, horário da última medicação, exames realizados, pendências. A disponibilidade das informações de maneira clara permite que as decições sejam tomadas rapidamente e que os recursos sejam utilizados de maneira racional.
O objetivo deste material foi demonstrar de maneira objetiva os pontos de atenção prioritários para a comunicação efetiva nas transições de cuidado.
Nos colocamos à sua disposição para tudo o que se fizer necessário.
Juntos somos mais fortes!
Para baixar a Ferramenta de Transição do Cuidado preencha os dados abaixo e clique em Download.
Time Maturità
(11) 98752-5419/ (11) 97681-7779
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REFERÊNCIAS
- Segurança do Paciente: comunicação efetiva. 2018. Acesso em: 16 abr 2020. Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/04/2.-Seguranca-do-Paciente-comunicacao-efetiva.pdf
- FERREIRA, A.B.H. Dicionário Aurélio. Editora Positivo, 2010. Disponível em: ‹https://dicionariodoaurelio.com/comunicacao›. Acesso em: 23 May. 2018
- Instituto Brasileiro de Coaching (IBC). Importância da comunicação eficaz em organizações. Dez, 2018. Acesso em 16 abr 2020. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/importancia-comunicacao-eficaz-organizacoes/
- NOGUEIRA J. W. S.; RODRIGUES M. C. S. Comunicação efetiva no trabalho em equipe em saúde: desafio para a segurança do paciente. Cogitare Enfermagem, 2015; v.20, n.3. [acesso em 19 dez 2017]. Disponível: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/40016/26245.